O sentido da vida

Durante a 2ª Guerra Mundial, o neurologista Viktor Frankl esteve no campo de concentração de Auschwitz e por três anos passou por degradantes condições de vida. Sobreviver ao campo de concentração foi uma experiência que o levou a afirmar que o homem é incondicionalmente livre e que ao encontrar o sentido para a sua vida, suporta adversidades, por mais rudes que possam parecer.
Segundo Frankl a pessoa deve buscar não a felicidade em si mesma, mas um motivo para ser feliz porque, então, ela se fará presente, juntamente com o prazer. Isso significa que o prazer no centro das atenções, como sendo único objetivo ele se perde, se esvai, exigindo novos meios para alcançá-lo e isso torna frequente o sentimento de vazio existencial que se manifesta por meio do tédio, ainda que se tenha inúmeras possibilidades de se alcançar a felicidade como
objetivo.
Por qual motivo isso acontece?
Segundo Frankl porque a felicidade não decorre de um sentido, mas está refém de si mesma. Deseja-se a felicidade por qualquer meio, sem que tenha um sentido, então passa a ser meta e realizando-se o momento de prazer vem, em seguida, a
sensação de vazio. Não estamos falando da felicidade em beber um copo de água, quando se tem sede, ou encontrar amigos, mas de algo mais profundo e a pergunta de Frankl é: qual o sentido da sua vida? Se um animal se resolve pelos instintos, que determinam suas ações, o homem ocidental, atualmente, busca modelos de felicidade. Isso vemos abundantemente na mídia. Como exemplo desse comportamento, podemos mencionar o corpo alheio desejado como modelo e a felicidade de seguir nas redes sociais passa a ser o propósito de vida de muitas pessoas. Nos momentos de ausência do outro nas redes sociais, se verifica o próprio vazio interior.

Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528

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