Com os nervos à flor da pele

Nos momentos de graves crises sociais e econômicas, surgem muitas indagações, dentre as quais: quando isso vai terminar? Enquanto permanece a crise surge a insegurança, podendo levar a ações impulsivas, desastrosas e até enfurecidas. Uma pequena lenda que contaremos pode colaborar para a compreensão das consequências das atitudes envolvidas pela fúria.

O guerreiro mongol Gengis Khan saiu para caçar e levou seu falcão favorito. Em dado momento, ao sentir
sede, localizou um fio de água descendo por entre rochedos e encheu um pequeno recipiente para
beber.

O falcão, que estava em voo, desceu e o fez derrubar toda água, deixando-o enfurecido.
Pela segunda vez, quando estava prestes a beber, a cena se repetiu e ele matou o falcão com um
golpe certeiro. Havia secado o fio de àgua. Então, ele resolveu subir o rochedo e viu no meio de
uma poça de água a mais venenosa das serpentes da região, morta. Se tivesse bebido, também
teria morrido.

Quando voltou ao acampamento mandou reproduzir o falcão em ouro, onde foi escrito numa das asas: “Qualquer ação motivada pela fúria é uma ação condenada ao fracasso”. Atualmente, mais do que nunca, há inúmeros recursos terapêuticos para o autocontrole.

Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528
Matéria publicada no jornal Regional News, edição 1556

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