De quem é a culpa?

Na sociedade ocidental, podemos encontrar a culpa com um peso significativo nas relações interpessoais de maior proximidade. Por exemplo, não é raro atribuir-se aos pais a culpa pelos filhos que cometeram crimes.

Há um verdadeiro massacre, muitas vezes provocado pelos familiares. Apesar de existir ambientes propícios ao crime, pode-se compreender que aos filhos cabe a decisão e responsabilidade pelo equivocado. Pais dedicados farão o melhor para o cuidado de seus filhos, mas a interpretação de mundo decorre de cada pessoa.

A psicanalista Melanie Klein constatou que o bebê desenvolve a sua dinâmica de interpretação de mundo, a partir suas sensações iniciais que passa a se constituir numa maneira de estabelecer suas relações interpessoais. Evidentemente, um sofrimento imposto pelos cuidadores no início da vida do
bebê, poderá assumir severas consequências mas, mesmo assim, nem sempre resultará em alguém que caminhe para comportamento antisocial, senão a partir das escolhas realizadas por ele mesmo.

Muitas pessoas desconhecem a história dos pais, sequer imaginam as dificuldades que passaram para cuidar dos filhos. Em termos de saúde mental, importa não se deixar contaminar pela destrutividade materializada na culpa imposta pelo outro e buscar recursos para compreensão e superação.


Dr. João Palma Filho
Psicólogo – CRP 146.528

Matéria publicada na edição 1550 do jornal Regional News.

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