Alguns assistidos com câncer podem apresentar dores que estão relacionadas ao próprio câncer ou aos tratamentos do mesmo, como radioterapia ou quimioterapia. Dores que não tem característica única, e se apresentam de modos diferentes.
As referências mais comuns são repuxamento, aperto, pontada, “queimação”, “choque”, “cãimbra”, ardência, latejante. As dores podem ocorrer em repouso ou com movimento, aparecendo ou piorando à noite.
Dois aspectos são importantes. Primeiro é saber que a grande maioria das dores tem tratamento nos dias atuais, o que não acontecia no passado. Segundo é que deve-se buscar sempre o diagnóstico das dores e de sua causa.
O tratamento das dores no assistido com câncer é feito com vários recursos: medicações específicas; reabilitação, com recursos de exercícios terapêuticos e dispositivos auxiliares, como órteses.
Alguns tipos de dor podem ser decorrentes de alterações associadas ao câncer, como problemas posturais, mudanças no modo de caminhar, depressão, fraqueza muscular e alterações articulares. Manter atividade física com as orientações médicas específicas é fundamental.
A área médica da reabilitação é a especialidade da fisiatria, que trabalha em conjunto com outros profissionais.
Outros recursos importantes para o controle da dor são a acupuntura, arteterapia e musicoterapia.
É preciso lembrar que a ocorrência de câncer aumenta com a idade. Em caso de dores de início recente que se mantém por várias semanas sem causa bem definida, deve-se procurar atendimento médico.
Dr. Marcelo Alves Mourão
Médico Fisiatra
Matéria publicada no jornal Fala Regional edição 16